
ISG Provider Lens™
Microsoft AI and Cloud Ecosystem Brasil 2025

Baixe o relatório customizado oferecido por

Baixe o relatório customizado oferecido por
Qualiserve

Baixe o relatório customizado oferecido por
Best.Projects
Estratégia global da empresa avança no país por meio de data centers sustentáveis, colaboração com parceiros e personalização da tecnologia para demandas linguísticas, culturais e regulatórias brasileiras
A Microsoft está consolidando sua estratégia global de inteligência artificial para o Brasil, adotando uma abordagem estruturada em três pilares: Copilot como interface universal, uma pilha robusta de IA (AI Stack) e dispositivos dedicados a uma computação híbrida. De acordo com a nova edição do estudo ISG Provider Lens™ Microsoft AI and Cloud Ecosystem 2025 para o Brasil, o país, que tradicionalmente se mostra receptivo a inovações tecnológicas, tem sido terreno fértil para essa transformação, impulsionada por infraestrutura de TI consolidada e um ecossistema maduro de parceiros.
De acordo com Cristiane Tarricone, distinguished analyst da TGT ISG e autora do estudo, a empresa promove uma guinada da especulação à aplicação prática da IA. “A Microsoft, sob a liderança de Satya Nadella, está orquestrando uma transformação significativa no cenário tecnológico global. O investimento de US$ 3 bilhões em infraestrutura de IA na Índia, junto à meta de capacitar 10 milhões de profissionais até 2030, reflete uma estratégia de democratização tecnológica em mercados emergentes. Essa lógica se aplica também ao Brasil, onde a Microsoft tem presença consolidada”.
Com economia diversificada e demandas por transformação digital, o país é ambiente favorável para essa estratégia. O relatório explica que data centers com resfriamento líquido para GPUs precisam se adaptar ao clima tropical e à infraestrutura local, e a Microsoft já opera centros com energia renovável, usados por empresas como Vivo, Localiza e Petrobrás para processar cargas de IA com eficiência e sustentabilidade. A iniciativa de desenvolver chips proprietários, como o Maya, abre possibilidades para soluções adaptadas às necessidades do mercado brasileiro.
Além da infraestrutura, a Microsoft atua com mais de 18 mil parceiros no Brasil, entre integradores, fornecedores de nuvem e consultores, promovendo reorganização setorial, centros de excelência e capacitação técnica. “Para acompanhar o mercado, parceiros adotam metodologias ágeis, investem em propriedade intelectual local e implementam gestão de mudança. As oportunidades incluem modernização de sistemas legados, soluções inovadoras em IA e serviços gerenciados com automação e IA”.
Empresas brasileiras como Itaú, Natura e Magazine Luiza já adotam soluções de IA em atendimento ao cliente, automação regulatória e gestão de projetos. O relatório destaca também o uso do Copilot por companhias como B3, Bradesco e Vale para otimizar processos locais, incluindo conformidade regulatória, atendimento em português brasileiro e gestão de projetos adaptada à cultura nacional.
O relatório aponta que a evolução do Copilot como interface universal de IA representa uma revolução no Brasil, onde a adaptação linguística e cultural é essencial. Integrar necessidades locais, do processamento em português à compreensão de contextos culturais, torna-se um diferencial competitivo. Além disso, o cenário regulatório brasileiro, com a LGPD e outras normas, impõe desafios como segurança, prevenção de alucinações em IA e confidential computing, que exigem adaptações das soluções globais.
Demissão em massa revela necessidade de atualização e desenvolvimento
Recentemente, a Microsoft anunciou a demissão de cerca de 7 mil funcionários globalmente, justificando uma reestruturação para manter a competitividade. O anúncio, apesar de gerar reações diversas, veio junto com resultados positivos do 1º trimestre de 2025, com 13% de crescimento na receita e valorização das ações, superando expectativas. O caso reacendeu o debate sobre automação e força de trabalho.
Cristiane aponta que o uso crescente de IA impactará diretamente a estrutura de empregos nas empresas. “A relação entre ajustes na força de trabalho e o uso de IA nas empresas é direta. A IA deve substituir funções rotineiras e criar oportunidades em áreas como criatividade, estratégia e gestão. Nesse cenário, é extremamente importante que as empresas adequem as suas forças de trabalho para a realidade de mercado atual, criando oportunidades de desenvolvimento interno dentro das novas tecnologias emergentes para que essa força de trabalho possa ser realocada”.
O relatório destaca que o futuro da estratégia da Microsoft no Brasil depende da adaptação da visão global às necessidades locais. A orquestração deve considerar as particularidades linguísticas, culturais e regulatórias. Ferramentas low-code/no-code têm potencial para facilitar a adoção da IA em empresas de vários setores e tamanhos. “No curto prazo, a expectativa é de crescimento no uso de soluções de IA entre grandes corporações. No médio e longo prazo, a adoção poderá se expandir para empresas de médio porte e setores diversos, alterando estruturalmente a forma como operam”, finaliza.
O relatório ISG Provider Lens™ Microsoft AI and Cloud Ecosystem de 2025 para o Brasil avalia as capacidades de 45 fornecedores em seis quadrantes: Managed Services for Azure — Large Accounts, Managed Services for Azure — Midmarket, Microsoft 365 Services — Large Accounts, Microsoft 365 Services — Midmarket, Power Platform Services e AI Services for the Microsoft Clouds.
O relatório aponta Brasoftware, Kumulus e TIVIT como Líderes em todos os seis quadrantes. Ele aponta SoftwareOne como Líder em cinco quadrantes e Accenture, Dedalus e Processor como Líderes em quatro quadrantes cada. Ele aponta Ingram Micro e Lattine como Líderes em três quadrantes cada. BlueShift, Dell Technologies, Kyndryl e Teltec Solutions são Líderes em dois quadrantes cada. AlfaPeople, Best.Projects, Cloud Target, ITCore e Smart Consulting são Líderes em um quadrante cada.
Além disso, a UPBI foi nomeada como Rising Star — uma empresa com um “portfólio promissor” e “alto potencial futuro”, segundo a definição do ISG — em dois quadrantes. Capgemini, Cloud Target, DXC Technology e Qualiserve foram nomeadas como Rising Stars em um quadrante cada.